20 de junho - Uma condenação em Carta Apostólica
A data de 20 de junho tem um caráter histórico. Em 1894, o Papa Leão XIII, através do documento “Praeclara Gratulationis”, dirigia-se a todos os governantes do mundo condenando, de maneira expressa, a Maçonaria, nessa Carta Apostólica.
Muitas pessoas desconhecem quais são os documentos Papais e tais documentos são confundidos e outras vezes tratados, erradamente, como sinônimos. São eles: Carta Apostólica, Constituição, Bula, Breve, Motu Proprio, Rescrito e Encíclica.
Assim, a título de melhor entendimento, eu apresento definições tratando apenas de três documentos, a Carta Apostólica, a Bula e a Encíclica. A primeira aborda, principalmente, os temas associados ao governo da Igreja, como canonizações, criação de dioceses, nomeações, assuntos de ordem doutrinária e moral, entre outros. A segunda, via de regra, manifesta um assunto solene. A terceira, pode ser definida como uma carta circular que orienta os fiéis.
Muitas vezes, o termo bula é erroneamente empregado...
Dessa maneira, no caso de tal condenação, ela não foi expressa por uma Bula Papal, mas por uma Carta Apostólica. Em outras palavras, se desejamos ser mais exatos e fiéis à história, não podemos dizer que a condenação foi através de uma Bula, mas sim por uma Carta Apostólica.
Veja a seguir: "Da mesma forma, a unidade
religiosa corre um grande risco por meio do trabalho dessa seita chamada “maçonaria”,
cujo poder maligno tem assombrado especialmente as nações católicas por algum
tempo. Favorecida por tempos difíceis e ousada pela força, riqueza e sucesso,
ela busca por muitos meios consolidar-se com mais firmeza e estender seu
domínio mais amplamente. Da clandestinidade e das emboscadas já despontou nas
cidades e se estabeleceu também nesta mesma cidade, centro do catolicismo, como
que para desafiar a presença de Deus em todas as classes e em todas as instituições
do estado, a fim de para finalmente alcançar a soma de poder. Uma ameaça
verdadeiramente muito séria: de fato, tanto a maldade de suas opiniões quanto a
maldade de suas intenções são evidentes. Sob o pretexto de reivindicar os
direitos humanos e revigorar a sociedade civil, ataca ferozmente o
cristianismo; repudia a doutrina transmitida por Deus; censura os deveres
religiosos, os sacramentos divinos e os bens mais sagrados como superstições:
do casamento, da família, das escolas da juventude, de toda moral pública e
privada; procura arrancar a marca cristã e arrancar da alma do povo todo o
respeito pela autoridade humana e divina. Ele então ensina que o homem deve
honrar a natureza e que a verdade, a honestidade e a justiça devem ser medidas
e reguladas apenas por suas leis. Desta forma, como é evidente, o homem é
levado aos costumes e hábitos de vida dos pagãos, ou melhor, aos corrompidos
por tentações contínuas. Embora tenhamos falado severamente sobre este assunto
em outras ocasiões, no entanto, somos levados pela vigilância apostólica a
insistir e a advertir continuamente, em um perigo tão iminente, que nenhuma
cautela é excessiva a ponto de não ter que adotar uma maior." (1)
Foram muitas as condenações. No entanto, é interessante destacar a primeira delas, através da Encíclica (2) “In Eminenti Apostolatus Specula” sobre as Sociedades Secretas do Papa Clemente XII, em 1738. (3)
Entre as principais objeções à Ordem estava o fato (ou seria melhor dizer "crime", ou pecado"?) de que ela estava aberta a homens de todas as religiões.
As outras objeções se prendiam em notícias de que os seus membros se reuniam em segredo e que eles faziam seus juramentos sobre as Santas Escrituras.
(2) Documento que pode ser definido como “carta circular que orienta os fiéis.” https://cleofas.com.br/quais-os-documentos-que-o-papa-usa-e-qual-a-diferenca-entre-eles/-Acesso em 20 de junho de 2023
(3) https://www.veritatis.com.br/in-eminenti-apostolatus-specula-clemente-xii-04-05-1738/-Acesso
em 20 de junho de 2023
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