Maçonaria: A apresentação dos
trabalhos na época da IA – Parte 2
A Sombra: Os
Desafios e Limitações
No entanto, o conhecimento verdadeiro não reside apenas na
posse da informação, mas na experiência da busca e na reflexão sobre ela. Se o
aprendiz se apoia demasiadamente na IA para gerar sua monografia, corre o risco
de perder o desenvolvimento intelectual que advém do esforço próprio. A
Maçonaria nos ensina que o aprendizado exige trabalho árduo e dedicação – algo
que nenhuma máquina pode substituir.
Outro dilema que surge é a autenticidade do trabalho
produzido. Será que um estudo desenvolvido quase inteiramente pela IA pode ser
considerado uma expressão genuína do pensamento do estudante? A originalidade é
um princípio essencial na jornada do conhecimento, e a delegação excessiva de
tarefas à IA pode fragilizar esse fundamento.
Ademais, há o risco da superficialidade. A IA, embora
eficiente na organização de informações, não possui intuição, sabedoria ou
compreensão subjetiva dos temas tratados. Seu trabalho pode ser bem
estruturado, mas desprovido da profundidade analítica e da sensibilidade que
caracterizam um verdadeiro pensador.
Pranchas: Escrever para Aprender, Falar para Demonstrar
Atualmente, defendo a ideia de que as monografias devam ser
entregues por escrito, com a indicação das respectivas fontes, mas apresentadas
verbalmente sem o auxílio de qualquer texto dando ao aprendiz a oportunidade de
mostrar o conhecimento que pode absorver de sua tarefa.
O Equilíbrio Entre a Tradição e a
Inovação
Tal como em nossa senda iniciática, o equilíbrio entre
tradição e inovação deve ser preservado. A inteligência artificial pode ser uma
ferramenta poderosa na obtenção de graus acadêmicos, mas deve ser utilizada com
discernimento e responsabilidade. O verdadeiro aprendizado não está apenas na
conclusão de uma monografia, mas na jornada da busca pelo conhecimento e na
evolução da consciência. Somente assim a luz continuará a iluminar o caminho do
aprendiz, sem que ele se perca nas sombras da tecnologia.
(Fim)
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